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domingo, 31 de março de 2013

Frigideira

Por que raios ele tinha que surgir na minha vida e bagunçar tudo, se não queria nada?
Por que cacetas tinha que dizer coisas tão fofas? Por que ter o melhor abraço, ser tão inteligente, carinhoso, charmoso, sexy, divertido???? Não podia ser um ogro? Eu não gosto de ogros. Teria sido só divertido e ponto.
Mas não. O raio do homem tinha que ser do jeito que eu sempre quis e, pra variar, não me querer.

Começo a achar que sou uma frigideira.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Se isso não é amor...

Assim, meio de brincadeira, eu perguntei se ele viria jantar comigo no meu aniversário. São só 1.860 km que nos separam, mas na véspera dos meus 33 anos o telefone toca e era ele, perguntando qual era a programação pro dia seguinte. Se isso não é amor, então não sei o que é.


E amanhã é aniversário dele e vou viajar os 1.860 km pra lá, pra almoçarmos juntos e curtirmos o feriado de Páscoa. 
Mas se engana quem acha que esse amor é assim desde sempre... Levou tempo pra construir o que temos hoje. Tempo, dedicação, paciência (ah, sim, ele tem MUITA paciência comigo).. e foi surgindo a cumplicidade que temos hoje.
Quando falo dele, as pessoas notam o sorriso e o brilho nos meus olhos. Se isso não é amor, o que mais pode ser?
O que eu sei é que estou muito muito muito feliz de finalmente conseguir passar um aniversário dele lá, juntinha dele. Teremos muito café, muito dengo, muita felicidade.. 

Amor, tô chegando!!

domingo, 17 de março de 2013

Tarja Preta

Há um tempinho que convivi com uma professora em depressão. Convivi não, né, porque ela ficou afastada quase seis meses, só na tarja preta. Na outra escola, a pedagoga já começou o ano afastada, com a tal da depressão, também só na tarja preta.
As pessoas saudáveis não conseguem mensurar o que é uma depressão e, por isso, fazem pouco caso, julgam a pessoa como fraca, fresca, como alguém que quer chamar atenção... Eu até acho um pouco isso às vezes e vou dizer o porquê.
Já tive depressão, pelo menos duas vezes antes de ser adulta. Só que na época isso ainda não era considerado doença. Na verdade, só sei que tive isso porque hoje leio sobre o assunto e reconheço os sintomas que tive na ocasião. A última que tive durou um ano. Eu trocava a noite pelo dia, literalmente, pra não ter que conviver com ninguém. Acordava as 17h ou 18h, ligava a TV (ou o computador) e ficava até as 5h do dia seguinte. Não tinha vontade de comer, de tomar banho, de falar com ninguém, de sair..... E a coisa foi piorando, e ninguém percebeu o que era. Achavam que era só uma adolescente querendo atenção. Pois não era. Cheguei a desejar morrer, várias vezes. A sorte é que sempre achei o cúmulo da covardia tirar a própria vida. Mas entendo quem recorre a isso. Depressão é algo tão sinistro que a gente simplesmente não vê meios de sair do fundo do poço.
O mais surpreendente é que, apesar de tudo, eu me recuperei. Sozinha. Sim sim, sem ajuda de terapeuta, sem remédio, sem ninguém. Contei apenas com Deus e com a minha vontade de sair daquela situação horrível. E, claro, com os poucos (e melhores) amigos que tenho.


Foi muito ruim, sem dúvida, mas ouso dizer que, superada a crise, me fez bem, porque me levou ao auto-conhecimento. Vi que sou mais forte do que suponho, amo mais a vida do que parece e tenho por perto pessoas que valem a pena. Quem teve depressao uma vez estará sempre sujeito a ter de novo. É quase como uma falha que fica no cérebro. E ano passado senti essas coisas novamente, esses sentimentos negros, que nos puxam pra baixo, sabe. Mas ao invés de me esconder na tristeza, fui em busca da felicidade nas coisas simples, no pequeno prazer de um livro novo, num passeio no parque, na risada com os amigos.. Aliás, é o que tenho feito desde então. Porque às vezes a tristeza vem sem nenhum motivo aparente (para os outros), e se eu não cuidar de mim mesma, se não encontrar por mim mesma motivos pra ser feliz, vou acabar dependente da tarja preta. E isso eu não quero mesmo.

domingo, 3 de março de 2013

Quando desisti de Buzios

Estou feliz onde estou trabalhando atualmente, mas ano passado não estava (apesar de ser o mesmo lugar). Daí que um amigo não precisou de muito esforço pra me convenver a fazer prova pra ser pedagoga da prefeitura de Búzios. Pra quem não é do RJ, Búzios é um municipio no norte do estado que é tão bonito, com praias tão lindas, que Brigitte Bardot se apaixonou por ela.
Eram 15 vagas e eu nem mesmo terminei a faculdade, mas fiz a prova assim mesmo. Não pensei em passar, mas queria ver o grau de dificuldade. Fiz a prova e passei, em quinto lugar.
Ae deu ruim. Eu teria até o final do ano pra me formar, mas faltavam 14 matérias, mais a monografia. E isso porque eu teria que fazer TCC1 antes de fazer TCC2, e a faculdade dificilmente dá quebra de pré-requisito. Mas quando a coida tem que ser, ela é. E lá fui eu, louca, pra secretaria da faculdade tentar essa loucura. E num é que autorizaram???
Esse foi, de longe, o semestre mais bizarro que já tive. Fora todas as matérias, as provas simultaneas, os estágios mais difíceis, e todas as outras coisas, ainda perderam prova minha, o trabalho extraviou e a internet me sabotou nos momentos mais inadequados. Apesar de tudo isso, consegui fazer tudo.
E então chegou a convocação na metade de dezembro. Ainda faltavam dois meses de aula, porque a greve atrasou o semestre, mas e daí?
Só que meu pai, pela primeira vez na vida, me pediu pra não fazer algo. E então eu medrei. E não fui. Ele nunca se meteu na minha vida, né.... Algum motivo deve ter pra me pedir pra não ir. E quer saber, se passei em um, passo em outro.
E já que não fui, também deixei pra fazer a mono com calma, e não nos 15 dias que teria entre o natal e o prazo final de entrega.
Mas sexta tenho que ir lá, desistir oficialmente. E me deu uma tristezinha, sabe. Mesmo não sendo o lugar dos sonhos, foi uma conquista que eu nem sabia que podia. Pelo menos serviu pra me mostrar que sou capaz, quando quero, quando me esforço.
E foi assim que desisti de morar no paraíso.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Geniosa

SEMPRE fico constrangida quando alguém fala uma verdade óbvia sobre mim: que sou esquentada.
Me conheço bem e sei que esse é um dos meus defeitos mais irritantes. Mas é algo que não consigo mudar, por mais que tente, por mais que me esforce. De repente isso tem a ver com o fato de minha mãe ser MEGA irritada e eu ter sido criada achando que tudo se resolve no grito e na porrada.
Sei que não é assim que a vida funciona, mas, caraca, é mais forte que eu. Quando dou por mim, já estou levantando a voz, batendo a porta, pisando duro e emburrando.
Quem perde com isso sou eu, sempre sou eu mesma. Mas.. ainda não sei lidar com isso..
E tô aqui morrendo de vergonha porque alguém percebeu e me apontou esse aspecto negativo da minha personalidade.
=/

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O dia em que chorei contando histórias

Guilherme Augusto Araújo Fernandes

Guarde este nome que já vou chegar nele.
Um dia, fui ler uma história para a turma e escolhi um livro qualquer. Julguei pela capa, é verdade (crianças, não façam isso, ok?). Eles pediram tanto para contar uma história que fui na biblioteca, peguei um livro aleatório e voltei pra sala.
O livro era tão bonitinho. Os desenhos não eram lá tão elaborados, mas eram fofinhos.


Então, lá fui eu. Sentamos, cantamos a musiquinha do silêncio e a professora começou a contar a história do Guilherme Augusto Araújo Fernandes.

"Era uma vez um menino chamado Guilherme Augusto Araújo Fernandes e ele nem era tão velho assim.

Sua casa era ao lado de um asilo de velhos e ele conhecia todo mundo que vivia lá.
Ele gostava da Sra. Silvano que tocava piano.
Ele ouvia as histórias arrepiantes que lhe contava o Sr. Cervantes.
Ele brincava com o Sr. Valdemar que adorava remar.
Ajudava a Sra. Mandala que andava com uma bengala.
E admirava o Sr. Possante que tinha voz de gigante.

Mas a pessoa que ele mais gostava era a Sra. Antônia Maria Diniz Cordeiro, porque ela também tinha quatro nomes, como ele."

Pô, bonitinho, né. As crianças estão se amarrando. Legal! Vambora continuar.

" Ele a chamava de Dona Antônia e contava-lhe todos os seus segredos.

Um dia, Guilherme Augusto escutou sua mãe e seu pai conversando sobre Dona Antônia.
- Coitada da velhinha - disse sua mãe.
- Por que ela é coitada? - perguntou Guilherme Augusto.
- Porque ela perdeu a memória - respondeu seu pai.
- Também, não é para menos - disse sua mãe. - Afinal, ela já tem noventa e seis anos.
- O que é memória? - perguntou Guilherme Augusto.
Ele vivia fazendo perguntas.
- É algo de que você se lembre - respondeu o pai."

Bah... logo uma história sobre velhinhos com Alzheimer, logo quando estou vendo minha vóvs triste por estar perdendo a memória dela.. Mas vambora. As crianças ficarem quietas com uma história é realmente um milagre, então deixa eu terminar.

"Mas Guilherme Augusto queria saber mais; então, ele procurou a Sra. Silvano que tocava piano.

- O que é memória? - perguntou.
- Algo quente, meu filho, algo quente.
Ele procurou o Sr. Cervantes que lhe contava histórias arrepiantes.
- O que é memória? - perguntou.
- Algo bem antigo, meu caro, algo bem antigo.
Ele procurou o Sr. Valdemar que adorava remar.
- O que é memória? - perguntou.
- Algo que o faz chorar, meu menino, algo que o faz chorar.
Ele procurou a Sra. Mandala que andava com uma bengala.
- O que é memória? - perguntou.
- Algo que o faz rir, meu querido, algo que o faz rir.
Ele procurou o Sr. Possante que tinha voz de gigante.
- O que é memória? - perguntou.
- Algo que vale ouro, meu jovem, algo que vale ouro."

E foi então que a professora maluquinha aqui começou a sentir algo estranho... Tipo uma emoção mais forte, sabe?

"Então Guilherme Augusto voltou para casa, para procurar memórias para Dona Antônia, já que ela havia perdido as suas.

Ele procurou uma antiga caixa de sapatos cheia de conchas, guardadas há muito tempo, e colocou-as com cuidado numa cesta.
Ele achou a marionete, que sempre fizera todo mundo rir, e colocou-a na cesta também.
Ele lembrou-se, com tristeza, da medalha que seu avô lhe tinha dado e colocou-a delicadamente ao lado das conchas.
Depois achou sua bola de futebol, que para ele valia ouro; por fim, entrou no galinheiro e pegou um ovo fresquinho, ainda quente, debaixo da galinha."

E já tinham lágrimas nos meus olhos, mas ainda davam pra disfarçar. As crianças já me olhavam meio de lado, como que pensando que a professora era perturbada, mas eles não tinham muita certeza disso.


"Aí, Guilherme Augusto foi visitar Dona Antônia e deu a ela, uma por uma, cada coisa de sua cesta.
Que criança adorável que me traz essas coisas maravilhosas", pensou Dona Antônia.
E então ela começou a se lembrar.
Ela segurou o ovo ainda quente e contou a Guilherme Augusto sobre um ovinho azul, todo pintado, que havia encontrado uma vez, dentro de um ninho, no jardim da casa de sua tia.
Ela encostou uma das conchas em seu ouvido e lembrou da vez que tinha ido à praia de bonde, há muito tempo, e como sentira calor com suas botas de amarrar.
Ela pegou a medalha e lembrou, com tristeza, de seu irmão mais velho, que havia ido para guerra e que nunca voltou.
Ela sorriu para a marionete e lembrou da vez em que mostrara uma para sua irmãzinha, que rira às gargalhadas, com a boca cheia de mingau.
Ela jogou a bola de futebol para Guilherme Augusto e lembrou do dia em que se conheceram e de todos os segredos que haviam compartilhado.
E os dois sorriram e sorriram, pois toda a memória perdida de Dona Antônia tinha sido encontrada, por um menino que nem era tão velho assim."

E não deu mais pra me conter. Eu chorei. Claro que não sentei no chão e banquei o bezerro desmamado. Mas as lágrimas furtivas acharam de sair com mais volume, e tive que parar num momento ou outro pra secar os olhos, porque estava difícil enxergar. E as crianças me olhando com uma cara estranha, preocupadas porque a tia tava chorando.

Ah, gente, é que eu finjo que não, mas sou emotiva pra caramba. Nem vou dar crédito para a TPM dessa vez. Mas é que velhinhos e crianças mexem comigo de uma forma que vcs não imaginam. Além disso, minha vóvs fofa-linda-querida-amada-salve-salve tá sofrendo disso, meu pai já tem sintomas, então sei como é ver alguém que você ama deixar de ser ela. E ler uma coisa tão fofa, tão delicada assim sobre isso me deixou mole.

É, eu chorei na frente dos meus alunos e estou contando isso publicamente.
Aproveitem, porque, vocês sabem, não é sempre que mostro meu lado frágil por aqui.


Fonte:

FOX, Mem. Guilherme Augusto Araújo Fernandes. São Paulo: Brinque-Book, 1984

domingo, 3 de abril de 2011

Eu só preciso falar, ok?

Me considero aquele tipo de amiga que não dá trabalho. Juro. Posso estar enganada a meu respeito (e provavelmente estou), mas não sou do tipo que só procura quando as coisas estão ruins (como agora). Bem ao contrário. Quando as coisas estão ruins, eu vou pro meu cantinho e espero passar. Só então procuro de novo. Sabe por que? Porque as pessoas não conseguem lidar com problemas alheios. Elas te julgam fraco, dramático, incômodo, pesado. E uma das coisas que mais detesto na vida é incomodar alguém.
E eu mesma não gosto dessa vibe negra. Porque não sou assim. Não que minha vida seja fácil, porque não é. É muita ralação, é muito desgaste emocional e físico pra dar conta de tudo, mas eu opto por fazer dar certo. Eu escolho não sucumbir. Todos os dias. Eu luto, mato os leões diariamente, realmente faço força pra não me abater. Mas nem sempre dá pra fazer isso. E muito menos, fazer isso sozinha.
Essa é uma vez que não tá dando.
Estou sim sentindo falta dos meus amigos. Cara, não tô jogando na cara - juro que não estou - mas sempre que precisam de mim, estou lá. E mesmo quando não me procuram - porque meia dúzia deles são como eu e se isolam -, ainda tento o contato, porque sei bem como é isso.
Então, sim, fico arrasada quando preciso de um cafuné e não tem uma mão sequer pra fazer isso. Fico mesmo. Mas as pessoas estão felizes demais pra se darem conta disso. Os que não são assim são os que estão tentando juntar os caquinhos da própria vida, pela morte de alguém da família, pela perda de algumas coisas bem importantes. Esses eu entendo. E até lamento não estar em condições emocionais de dar suporte, porque são situações mais complicadas que a minha. Mas e os outros?
E não, não quero alguém pra me dizer que "tudo vai ficar bem". Eu sei que vai. Sempre fica. Sou guerreira e sempre encontro uma maneira de superar. Então se for pra me dizer que "vai dar tudo certo", não quero. Só queria alguém que estivesse comigo. Que me oferecesse o ombro, a mão e o lenço de papel. Mas isso, na nossa sociedade, é pedir demais.
Então, enquanto isso não passar, enquanto eu não encontrar forças pra conseguir ir em frente, vou ficar no meu cantinho, ok?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O fruto do meu vizinho parece melhor que o meu

Um amigo me disse, durante um papo em que ele falava das dificuldades de ser um casal, que minha escolha era a mais acertada e que ele me invejava por ser solteira e fazer sempre o que quero, quando quero, com quem quero.
O que ele, e muita gente, não percebe é que essa escolha, muitas vezes, implica em solidão.
Não estou reclamando de ser solteira, não é isso, mas algumas vezes isso cansa. Em alguns momentos da vida eu quero ter alguém com quem contar. Porque, como escrevi no texto anterior, sou meio autista e tenho poucos amigos presentes na minha vida; minha mãe não é a pessoa mais carinhosa que conheço e sequer a considero amiga; meus irmãos músicos estão sempre fora da cidade. E quem me resta? Só eu mesma.
Semana passada, depois do último dia de aula das crianças, eu estava feliz com algo que aconteceu e queria - precisava - compartilhar com alguém. Mas quem? Ou na semana anterior, em que eu saí tão transtornada do trabalho que a vontade era parar na FME e pedir pra sair daquela escola naquele momento e nunca mais olhar pra cara de nenhuma daquelas pessoas. Em momentos como esse, tudo o que quero é deitar no colo de alguém e ficar ali quieta até coração e respiração voltarem ao rítmo normal. Mas quem??
Ser solteiro é super legal. Eu adoro, na verdade. Mas também é legal ser um par. Ter um par. Saber que você não está sozinho pra passar por certas coisas na vida. Ou, como diz numa das músicas de Mulan, queremos ter alguém pra quem voltar.

Quando disse isso, ele pareceu tão surpreso. É como se ele achasse que minha vida é perfeita "só porque não tem preocupação com casa e filho". Bom, como sempre digo lá no trabalho quando inventam de me punir com mais trabalho justamente por eu ser solteira, respondo que minha vida já é tão complicada que optei - até agora - por não ter mais essas duas preocupações.
No fundo, é aquilo que dizem por ae: o gramado do outro é sempre mais verde, né?

sábado, 28 de agosto de 2010

Nove coisas sobre mim - MEME

A Júuh, do ...levemente doce me indicou pra um meme onde eu devo contar nove curiosidades sobre a minha pessoa.

Já fiz um post sobre isso há tempos, então, dessa vez, falarei de coisas relacionadas a minha vida familiar:

1. Sou a segunda, de quatro filhos. E a única branca. Isso me trouxe muitos traumas na infância, já que o Gui (o mais velho) vivia dizendo que eu tinha sido achada na lixeira do hospital. E eu acreditava nele. humpf

2. Dos 4 filhos, fui a única que estudou a vida toda em colégio particular. Por isso mesmo nunca me atrevi a pedir presentes caros pra paps, ou pedir pra ele bancar minha faculdade ou auto-escola (coisa que ele fez pra outros filhos).

3. Sou a menos inteligente dos 4. Os meninos são músicos conceituados, minha mana é cientista/historiadora/culinarista. E eu.... eu sou professora. huahuahuahua

4. Queimei o braço, aos 10 anos de idade, quando me meti a mestre-cuca e fui mexer o doce de goiaba que mams tava fazendo. Ela saiu de perto do fogão pra trocar a fralda da bebê que tava aqui e eu, muito metidona, meti a colher onde não fui chamada. O doce espirrou, eu me assustei, joguei a colher pra cima e caiu  no braço esquerdo. Só não queimou o rosto pq o cabelo estava solto e ficou emplastado de doce fervente. O braço é marcado até hoje.

5. Moro no mesmo bairro há 25 anos e conheço pouco mais de dez vizinhos. Autismo pouco é bobagem.

6. Já dei aula particular aqui em casa e a maioria dos ex-alunos viraram amigos. Tão amigos que até saí com um deles, recentemente. huahua

7. Amo minhas primas. Mas gosto mesmo dos primos. Não tem um que seja bom da cabeça. Me acabo de rir com aqueles loucos. Pena que moram todos em cidades diferentes.. Até em países diferentes. Por isso o Natal é tão especial pra mim: todos os surtados voltam ao hospício de origem (e não, nunca peguei nenhum deles).

8. Sou completamente apaixonada por livros. Paps me ensinou a gostar, desde novinha. Sou muito mais ler um bom livro que ver TV. Aliás, a TV do meu quarto só serve pra ver CSI e pra juntar poeira.

9. A casa de mams tem dois andares. E a escada para o segundo andar fica na cozinha. Logo, desde muito pequena, sou muito mais ficar sentada no degrau da escada que na cadeira da mesa. Vai entender......

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ando tão a flor da pele

Mas nenhum tema de novela me faz chorar não.
É que ontem fiz uma RM com contraste. E já pra achar a veia pra espetar a agulha foi um drama. Pra ter noção do quanto doeu enfiar aquilo na minha mão, eu chorei e fiquei chorando um tempão, com a mão latejando e o acesso pendurado na mão. Raivinha total da enfermeira que não acreditou que eu sinto dor pacacete.

Ae que quando o sujeito la que tava fazendo o exame injetou o líquido a fresca aqui xingou igual caminhoneiro e reclamou que aquela m* arde como o inferno. O menino riu porque, segundo ele, poucas pessoas reclamam. "Mas isso é bom", disse ele, "sua sensibilidade é a flor da pele".
E fez sentido eu sentir dor pra fazer a unha - mesmo quando não me machucam,  sentir a anestesia da dentista - pelo menos os primeiros segundos do líquido entrando na corrente sanguinea, sentir uma dor exagerada pra tudo.

Mas quem disse que eu gosto de ser sensível nesse tanto???????

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Peter Perfeito

Esses dias minha mana fez uma entrevista de emprego. Dentre tantas perguntas comuns ao processo, uma era qual o defeito do indivíduo. Bê fica louca quando as pessoas respondem que são perfeccionistas e não são (a louca é de verdade, e isso, se não chega a ser um defeito de fato, sem dúvida é um problemão). Um dos meninos disse que tem preguiça de fazer as coisas. Achei digno ele se assumir, mas foi tremenda burrice dizer isso numa entrevista. Ela não chegou a responder essa; o entrevistador mudou a pergunta antes de chegar a ela.
Quando chegou em casa, ela me perguntou qual defeito poderia revelar numa situação dessas. Porque a gente tem uns defeitinhos escabrosos e nunca é bom revelar, né mesmo? Aliás, a gente não. Vocês. Eu poderia facilmente ser o alter ego daquele personagem da Hanna Barbera, o Peter Perfeito (ah, vai.. se você tem mais de 25 anos, sabe de quem eu estou falando). E meus amigos também. Afinal, amigo nosso não tem defeito. Mas os inimigos.... se não tiverem, eu invento. Rsrsrs



Brincadeiras a parte, a Elise escreveu sobre isso no blog dela esses dias e, somado ao papo com a mana sobre o assunto, me inspirou a assumir meu lado negro na força.

Bom, pra início de conversa, eu sou cruel quando estou irritada com alguém. Do tipo que vai direto na ferida, com algodão cheio de álcool. Sem piedade.
E também sou manipuladora. Não chego a ser daquelas pessoas escrotas, que não medem esforços e que usam as pessoas, mas vou manipulando situações e sentimentos alheios até conseguir o que eu quero. Pode até levar uns dias, algumas semanas, mas consigo.
Sou mega intolerante com pessoas "estudadas" e que, mesmo assim, são burras, não pensam fora do quadrado ou são incapazes de compreender coisas simples e argumentações claras. Desdenho logo e uso do meu sarcasmo master pra dar aquela tripudiada.
Não tenho controle do meu dinheiro. E acho que metade das mulheres sofre do mesmo mal. De repente a conta tá quase seca e eu fico de péssimo humor por isso.
Sou vingativa pra caramba. Não que eu fique maquinando uma maneira, mas às vezes a oportunidade cai no meu colo. Nesse caso, faço bom uso e me vingo feliz.
Ah, e claro, me acho o máximo. Não sempre e não em tudo. Mas é que quando me proponho a fazer algo, faço tão bem feito que chego a pensar que dificilmente alguém fará melhor que eu (e normalmente estou certa). rsrs

Sei que esse post é um prato cheio para algumas pessoas que estão loucas pra atirarem pedras. Mas, quer saber, tô nem ae.

terça-feira, 25 de maio de 2010

É tããããããããão legal quando as pessoas caem, feito patinhos, nas suas jogadas..
rsrsrs

É... Definitivamente, "ardilosa" é uma palavra que também me define.
huahuahuahua (riso maléfico)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Totalidade

Não sei ser metade. Não consigo ser "mais ou menos". Meio termo é uma abstração enorme pra mim.
Quando sou amiga, sou amiga por inteiro. Abro minha casa pra abrigar os expatriados; pago a viagem, o jantar ou o café; vou pro tribunal junto; divido apartamento pra facilitar a vida; atendo o telefone no meio da madrugada pra consolar. Sou inteira amiga. Compro o barulho, ofereço a mão, o ombro e a roupa de madrinha. Qual o problema?

Quando gosto de alguém, gosto por inteiro. Gosto do mau humor matinal, das poucas e profundas palavras, dos pequeninos gestos de carinho, das risadas, do tempo compartilhado. Gosto por inteiro, inclusive dos defeitos.

Quando sou namorada, sou namorada por inteiro. Me preocupo; compro presente; ouço as reclamações da sogra; brinco com os sobrinhos; divido a conta; faço cafuné; aturo má fase no trabalho e tensão pré-monografia. Inteirinha namorada. Com direito a ciúme, bico e bilhetinho carinhoso sem motivo.

Quando sou profissional, sou por inteiro! Mergulho de cabeça no projeto proposto. Me empenho, estudo, traço plano de ação, faço e aconteço. Dou sangue, suor e cerveja (ou, no meu caso, suco de uva).

Sou como o Moska, eu me ofereço inteira e você se satisfaz com metade!! NÃO! Por favor, sem metades. Acho que por isso nunca gostei daquele papo de "metade da laranja". Sou uma laranja inteira, oras. Me incomoda profundamente quando não estou inteira em alguma coisa. Do mesmo modo, quando preciso interagir com alguém que é pela metade, fico a beira do surto.

Por isso, digo aqui em alto e bom som que cansei!
Cansei dos amigos pela metade, que não atendem sua ligação nunca e também não encontram meio segundo pra responder um scrap.
Cansei dos amores pela metade, que não compartilham o tempo, as frustrações e os sonhos.
Cansei do trabalho onde só posso ser metade de quem sou de verdade, porque a minha totalidade é demais pra lá.
Agora só quero o que for inteiro. Porque nenhuma metade me satisfaz. Nem mesmo a metade do pão.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Ju publicou no blog dela e eu achei tão a minha cara que tive que copiar.

"Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que sente coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois. Ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado e ter que me desculpar - e o faço sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo. Sou inteira desculpas quando vejo que pisei na bola e fui metade pra alguém.Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicta que 'nada é para sempre'. Porque só assim eu me divirto e é só isto que me interessa."

(FERNANDA MELLO)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sempre assim.. cai o dia e é assim..

SEMPRE deixo para o último minuto. Faço de um tudo, menos o que eu preciso realmente fazer. Leio livro, tomo remédio, arrumo a mala, resolvo a troca da mercadoria errada, dou bronca no irmão do meio, converso com o irmão mais velho, leio o twitter, leio o jornal, procuro o que tenho que levar de volta... mas não termino o raio da resenha que prometi a Dona Mãe que faria pra ela.
O pior é que constantemente faço isso na minha vida. Vou até o último minuto pra então tomar uma atitude e fazer, na pressão, o que poderia ter feito com muita calma.
Ainda não consegui a maturidade para me focar e fazer o que não quero, não gosto e acho desnecessário.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Igrayne Pendragon* - Ou Irmã Selma Parte II - A missão

Lembrei de uma coisa interessante hoje....

Em janeiro de 2006 eu voltava da Região dos Lagos com minha cunhada.
Eu tinha pedido demissão do banco, na época. Tinha dito pra gerente que minha vida não era ali, que eu queria era dar aula. Como resposta, ouvi que o mercado de trabalho não era esse mar de rosas que eu pensava que era. Mas pedi demissão, assim mesmo.

Quando chegamos na subida da Ponte, falei pra cunhada que ainda iria morar e trabalhar em Niterói.

Dez dias depois fui convocada para me apresentar na secretaria de educação e cinco meses depois me mudei pra cá.


Ah, sim.. fiz questão de ir no banco depois falar com a antiga chefe.

Igrayne Pendragon* - Ou Irmã Selma

Tenho um lado meio bruxa que às vezes assusta até a mim. Sexto sentido?? Não, não. Ainda é mais que isso.

No ano passado, uma mulher maluca ficava me ligando de número restrito, várias vezes ao dia, todos os dias. Isso aconteceu por mais de um mês. Liguei pra alguém influente e pedi pra averiguar, descobrir de onde era e essas coisas. Ela disse que só poderia fazer se a criatura ligasse a cobrar, o que não tinha acontecido, até então. Desejei que a maluca tivesse um surto e ligasse a cobrar, e no mesmo dia ela ligou. A cobrar.

Na semana passada, o Chefe estava muito presente no meu pensamento. Sonhei com ele duas vezes. Cheguei a ter receio de ir encontrar uns amigos no Largo do Machado e acabar dando de cara com ele. Sabia que ele estava por perto, de alguma forma. Achei que era tudo loucura da minha cabeça, que era falta de doce, que era a animação devido o aniversário.. Qualquer coisa, menos um pressentimento. E eis que na sexta a tarde minha irmã liga dizendo que ele ligou pra ela.... Oi..Quem?? Como assim??? Medo de mim!

E então ontem eu sonhei que vovó morria. Ela já tem 96 anos, sofre de alzheimer.. Acordei com a maior vontade de ir ver a família. Daí que irmã telefona, dizendo que vai ter reunião de família e que o primo que mora no ES está na cidade, blá blá blá wiskas sachê. O que eu fiz? Me despenquei pra casa de vovó. Vai que é a última vez que eu a vejo....


*De acordo com a lenda, Igrayne é uma feiticeira de Avalon, irmã de Viviane - a Rainha do Lago - e mãe de Morgana - a feiticeira - e do rei Arthur, de Camelot.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Twitter

E na falta do que fazer, resolvi ingressar nessa parada de textos curtos:
http://twitter.com/ruivainfinita

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Seis coisas aleatórias

A querida e divertida Mel, do TPMática, me indicou para este meme, que consiste em falar seis coisas aleatórias sobre a minha pessoa.
Infelizmente ando meeeega sem tempo pra fazer uma coisa bacana, então vamos direto ao assunto:


Existem umas regras, para brincar neste meme:

1- Linkar a pessoa que te indicou.

2 - Escrever as regras do meme em seu blog.

3 - Contar 6 coisas aleatórias sobre você.

4 - Indicar mais 6 pessoas e colocar os links no final do post.

5 - Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.

6 - Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

E as seis coisas aleatórias sobre mim são:

1. Sociedade

Eu já fiz "sociedade" com uma amiga. Ela ficava com um carinha e veio me dizer que ele era muito parecido comigo e que eu precisava conhecê-lo. A sujeita tanto fez que realmente nos conhecemos. E foi o namoro que durou mais tempo.

2 . Tirinhas do Conhecimento

Eu fazia cola na faculdade. Era uma questão psicológica. Tantos textos, tantas datas, tantos países e reis e sistemas de governo, e detalhes econômicos e políticos me deixavam confusa. Eu precisava ter certeza que lembraria aquilo tudo, e que não falaria de Fenícios como se fossem Babilônicos ou Persas. Qual a solução? Tirinhas de conhecimento, ou saber condensado, ou apoio pedagógico, ou papiros, ou a conhecida cola. Era assim: escrever frases curtas sobre cada assunto importante, e incluir algumas informações que não poderiam ser trocadas (o nome do Rei, o ano e o país), reduzir tudo pra tamanho 4 e fazer os rolinhos. Eu era uma das responsáveis por distribuir as tirinhas pros colegas. A verdade é que raramente fazia uso delas. Mas elas sempre estavam ao alcance da mão, para qualquer lapso de memória.

3. Fui paquerada por uma mulher

Estávamos minha cunhada, meu irmão e eu no barzinho, dançando perto do palco, quando vejo que a dançarina está olhando direto pra nós. Minha cunhada da época era uma baixinha invocada, e fiquei com medo da loira lá levar uns tapas na orelha por estar olhando pro meu irmão. MAS, quando resolvi ir ao banheiro (e fui sozinha, pq não sou dessas que precisa ir em dupla), a loira veio atrás de mim, me puxou pelo braço e falou várias paradas. Fiquei tão assustada com isso, que dei meia volta e estraguei a festa do casal, implorando pra sair daquele lugar.

4. Não gosto de Coca-cola

Por causa da gastrite, fui parando de tomar refrigerante, e a Coca-Cola foi o primeiro que aboli. Também não gosto de cerveja. Mas adoro Ice e, raramente, vinho.

5. Me dou bem com todos os ex

Não é porque o romance não deu certo, que o cara tem que ser tachado de crápula, fdp, ou coisa semelhante. Eu não sou nem um pouquinho fácil de lidar, e entendo o lado deles também. Depois que supero o fim do romance (ah sim, porque, por mais que tenha partido de mim a idéia de terminar, sempre é estranho), a amizade continua. Alguns até saem comigo de vez em quando, pra um café, um cinema, uma praia... eu, ele e a atual namorada.

6. Sou viciada em séries e filmes

Vejo todas. Baixo todas. Principalmente se forem de tribunal e policial. Deixo de fazer coisas importantes (como estudar) pra ver os últimos lançamentos, os últimos episódios.... E ainda vicio outras pessoas, como irmãos, cunhadas, primos...

Os indicados são:

Surfista Platinado, do Surfista Platinado
Lenyssa, do Blá, blá, blá
Patrícia, do Coisas que mal sei
Lua, do Fantástico Mundo da Lua
Elisa, do Ela fala e sai andando
E a Kika, do Coisas com coisinhas

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Eu sou daquelas...

... que defendem as pessoas amadas, não importa qual seja a situação.

... que dizem o que pensam e fazem o que acham certo.

... que não entram numa briga pra perder. Mas que desistem se acharem MESMO que não dá pra ganhar.

... que agüentam enquanto é preciso, mesmo que não possam mais. Mas assim que acham um porto seguro, desmontam.

... que choram escondidas.

... que são delicadas, mas guardam dentro de si a força de um leão.

... que assumem o que fazem.

Eu sou daquelas que parecem ter morrido, mas que, na verdade, revivem. Tal qual a fênix.
 

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