Escoteira mirim

Essa semana comprei pra mim um daqueles guarda-chuvas mega, tipo o da Mary Popins, saca? Verdade que odeio andar com aquilo, mas meus três últimos guarda-chuvas pequenos e fofos de levar dentro da bolsa foram destruídos nos últimos temporais que caíram sobre a cidade (aliás, o que caiu um sábado desses rendeu uma história e tanto). Então agora me vejo obrigada a sair com o trambolho todos os dias, já que a Ponte é um portal entre dois mundos.

Daí que estava eu voltando para a casa de mamãe e resolvi que viria de trem, porque o metrô do Rio
é coisa do capeta, e o trânsito da cidade é ainda pior (e sim, andar de trem é a última barricada, é a derrota do Álamo!). Quando eu cheguei na plataforma e ia entrar no trem que me traria pra casa, uma senhorinha me pede, com lágrimas nos olhos, que resgate a bolsa dela, que caiu nos trilhos entre o trem e a plataforma, na hora do empurra-empurra. E a minha super bengala de babá encantada deixou a mulher sorridente. E eu me senti a própria escoteira honorária por ter feito minha boa ação do dia, já que passei o dia zoando com a cara alheia. rsrs