Sou feliz agora. Não, não vá embora!!

A janelinha do MSN piscou. Engraçado que eu estava pensando exatamente nele. Mas havia urgência, minha opinião iria decidir o futuro de várias pessoas.
Como ocorre na maioria das vezes, consegui ser imparcial. Não é fácil deixar de lado todo o sentimento que te domina, controlar o egoísmo, o ciúme e a tristeza. Disse o que precisava ser dito. Absolutamente imparcial.
No dia seguinte, a decisão: ele vai embora. Ainda não chorei, mas é questão de tempo.

Meu melhor amigo desde o primeiro período de faculdade, em 2002. Aquele que já passou da categoria de amigo e virou irmão, confidente, cúmplice. Me conhece tanto e tão profundamente que é impossível esconder a verdade dele. Segurou várias barras comigo, desde decepções amorosas até prejuízos na sociedade. Foi tudo tão bom, tão cheio de vida. Todas as viagens, as bebedeiras, os raros momentos de lágrimas, as muitas horas de risadas, os filmes, as paqueras, os amores, as provas, uma vida junto. Só que precisamos crescer e assumir as reponsabilidades da vida adulta.


Sabe Deus a saudade que vou sentir dele. Mas tenho para sempre comigo todas as lembranças desses oito anos. E serão essas lembranças que vão sustentar a saudade até o próximo feriado, ou as próximas férias.