quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Mariposa

Uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento certa tarde, quando viu uma estrêla muito brilhante e se apaixonou. Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor, mas a mãe lhe disse friamente:
- Que bobagem! as estrêlas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas.
Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e permitiu-se ficar de novo alegre com a sua descoberta e pensava:
"Que maravilha poder sonhar!"
Na noite seguinte, a estrêla continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal.
Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrêla, então armou-se de paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu amor.
Esperava com ansiedade que a noite descesse e, quando via os primeiros raios da estrêla, batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento.
Sua mãe ficava cada vez mais furiosa e dizia:
- Estou muito decepcionada com a minha filha! todas as suas irmãs e primas já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpada!
Você devia deixar de lado esses sonhos inúteis e arranjar um amor que possa atingir.
A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu sair de casa. Mas, no fundo - como, aliás, sempre acontece - ficou marcada pelas palavras da mãe e achou que ela tinha razão.
Por algum tempo, tentou esquecer a estrêla, mas seu coração não conseguia esquecer a estrêla e, depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido, resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.
Noite após noite, tentava voar o mais alto possível, mas, quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado e a alma mergulhada na tristeza. Entretanto, à medida que ia ficando mais velha, passou a prestar atenção a tudo que via à sua volta.
Lá do alto podia enxergar as cidades cheias de luzes, onde provavelmente suas primas e irmãs já tinham encontrado um amor, mas, ao ver as montanhas, os oceanos e as nuvens que mudavam de forma a cada minuto, a mariposa começou a amar cada vez mais sua estrêla, porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo.
Muito tempo depois resolveu voltar à sua casa e aí soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs e primas tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas, destruídas pelo amor que julgavam fácil.
A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrêla, viveu muitos anos ainda, descobrindo que, às vezes, os amores difíceis e impossíveis trazem muito mais alegrias e benefícios que aqueles amores fáceis e que estão ao alcance de nossas mãos.


Com esta fábula aprendemos duas coisas:
Valorizar o amor... E lutar pelos nossos sonhos, porque sabemos que é a realização deles que nos faz feliz...
E lembremos "o mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar, e correr o risco de viver seus sonhos".

6 pitacos:

Madame disse...

Bonito e triste.

Dri Viaro disse...

Passando pra conhecer o blog, e desejar boa semana

bjs

aguardo sua visita :D

Madame Mim disse...

A Madame aí de cima sou eu. :)

Dri Viaro disse...

Bom dia, este texto é 10
bjs

Ruiva disse...

Madame, nem pensei em outra. rsrs

Dri Viaro disse...

Segunda feira de correria, vim rapidinho desejar uma otima semana, depois volto

bjsss

 

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