sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diploma pra que???????

Recebi por email hoje



UM GERENTE DE VENDAS RECEBEU O SEGUINTE FAX DE UM DOS SEUS NOVOS VENDEDORES:

''SEO GOMIS, O CRIENTE DE BELZONTE PIDIU MAIS CUATRUCENTA PESSA.
FAZ FAVOR TOMÁ AS PROVIDENSSA.
ABRASSO, NIRSO.''

APROXIMADAMENTE UMA HORA DEPOIS, RECEBEU OUTRO:

''SEO GOMIS, OS RELATÓRIO DI VENDA VAI XEGÁ ATRAZADO PROQUE TÔ FEXANDO
UMAS VENDA.
TEMO QUE MANDA TREIS MIL PESSA. AMANHÃ TÔ XEGANDO.
ABRASSO, NIRSO.''

NO DIA SEGUINTE:
''SEO GOMIS, NUM XEGUEI PUCAUSA DE QUE VENDI MAIS DEIS MIL EM BERABA. TÔ
INDO PRA BRAZILHA.
ABRASSO, NIRSO.''

NO OUTRO:
''SEO GOMIS, BRAZILHA FEXÔ 20 MIL. VÔ PRA FROLINOPOLIS E DE LÁ PRA SUM
PAULO NO VINHÃO DAS CETE HORA.
ABRASSO, NIRSO.''

E ASSIM FOI O MÊS INTEIRO. O GERENTE, MUITO PREOCUPADO COM A IMAGEM DA
EMPRESA, LEVOU AO PRESIDENTE AS MENSAGENS QUE RECEBEU DO VENDEDOR.

O PRESIDENTE ESCUTOU ATENTAMENTE O GERENTE E DISSE:
''DEIXA COMIGO, QUE EU TOMAREI AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS.''

E TOMOU...

REDIGIU DE PRÓPRIO PUNHO UM AVISO E O AFIXOU NO MURAL DA EMPRESA,
JUNTAMENTE COM AS MENSAGENS DE FAX DO VENDEDOR:

"OS PHD DO ÇETOR DE MARQUETINGUE DA IMPREZA KI NUM MOSTRÁ CIRVIÇU TÃO
DIMITIDO ÇUMÁRIAMENTI, INCRUSIVI O GOMIS. MOTIVU: DIPROMA DIMAIS,
CUMPETENÇA DIMENUS! A PARTI DI OJE NOIS TUDO VAMU FAZÊ FEITO O NIRSO.
SI PRIOCUPÁ MENOS EM ISCREVÊ SERTO, MOD VENDÊ MAIZ.
ACINADO, O PRIZIDENTI ".

Dae que, diante disso, digo aos amigos jornalistas que o diploma nem sempre é tudo. O Nirso é prova disso.

Beijocas

1 pitacos:

Lua disse...

Eu discordo totalmente, Ruiva, apesar de compreender o que o texto quis dizer. A coisa é mais complexa do que parece.

É desregulamentar uma profissão que preza sim, pela competência e pelo talento, mas também pela técnica específica, por um saber específico, pela teoria e ética da profissão. O Nirso pode ser um ótimo vendedor, por exemplo, mas jamais seria jornalista escrevendo daquele jeito. Pode não ser preciso na profissão dele, mas você pode imaginar o "miguxês" invadindo o seu jornal da manhã?

E sem o diploma como regulador de critério de acesso à profissão, os critérios ficarão por conta dos donos das instituições de comunicação, e bem sabemos que o nepotismo, a preferência pelo "conhecido" e não pelo talentoso ou a competente, agora terá apoio da lei, mantendo assim no poder figuras já consagradas da comunicação do Brasil e desobrigando a constante renovação do profissional.

Dessa forma, por exemplo, num concurso público, as vagas de comunicação cairão para nível médio, sabia? Qualquer um pode escrever bem? Sim, mas qualquer um escreve com a técnica exigida em jornalismo? Não. Informar é mais do que escrever bem.

O diploma não garante que o profissional será bom, isso é claro, mas sem ele, a luta por uma melhor qualificação dos profissionais em comunicação cairá por terra, desvalorizando a profissão e nos levando à marginalidade novamente.

Eu só fico pensando agora, quais outras profissões irão passar por esse desrespeito...

 

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