sábado, 11 de abril de 2009

Minha Páscoa

Essa é uma das comemorações mais importantes do calendário litúrgico. E mais uma que perdeu o significado em meio a tanto comércio.
Eu, que não sou nem de longe o modelo de protestante ideal, não faço questão das tradições. Na verdade, nem entendo porque não se come carne vermelha na sexta-feira da paixão, bem como nunca vi sentido em coelho e ovo. Mas enfim..
Então que a Páscoa, para os hebreus, representa a libertação da escravidão em terra estrangeira. E pra mim, ídem. Longe de ser dessas radicais que querem resgatar a cultura judaica dentro do cristianismo, reconheço que muita coisa da nossa prática é sincrética e equivocada. Portanto, darei a mão à palmatória.
A minha Páscoa é sim de libertação. Jesus diz que "conhecereis a verdade, e ela vos libertará." (João 8:32)
Eu conheci a verdade de Cristo (e pouco me importo neste momento com opiniões contrárias a minha.. Fé não é ciência; é fé. E ponto), e fui liberta dos medos, das mentiras que a sociedade nos impõe. Liberdade de adoração diante de Deus, sem o peso dos dogmas. Só entende isso quem vive isso.
Por isso a minha Páscoa não precisa de chocolate, nem bacalhau, encenação de paixão.. muito menos de coelho e ovo. Não é isso que comemoro. Comemoro a vida de Cristo, sua morte em nome do amor que tem por mim, sua ressurreição, e minha liberdade neste amor.
É por isso que minha Páscoa, este ano, não precisa de mais nada. Só dEle.
 

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