Já ouvi falar, algumas vezes, que meu senso de justiça é muito forte. E concordo com isso. Respeito os direitos alheios, e o mínimo que espero é que meu direito seja respeitado também. Quando isso não acontece...... Bem, não é lá uma coisa bonita de se ver, nem de contar. Mas vou contar assim mesmo.
Não é mais segredo pra ninguém que tenho pavor de lugar cheio. Qualquer lugar que seja. Exatamente por isso não vou a shows, não pego metrô no Rio, não vou a praia nos finais de semana, ao banco em dia de pagamento, ao mercado no início do mês e ao shopping em véspera de datas comemorativas (aliás, só consigo ficar em lugar cheio se tiver muito vento no meu rosto). Por causa disso, todos os dias acordo mais cedo, gasto mais dinheiro e pego o ônibus no ponto final, pra vir devidamente acomodada, sem o risco de ser sarrada ou ficar espremida sob o suvaco de alguém. Hoje não foi diferente. Acontece que o raio do motor do ônibus estava superaquecendo (é junto?) e ia parar a qualquer momento. O que o fiscal fez? Mandou o motorista seguir viagem "até onde der". Nessa hora a pessoa levantou e se dirigiu a ele: "Então o senhor, por favor, devolva meu dinheiro pra que eu pegue outro ônibus aqui mesmo, enquanto não está lotado". Ele respondeu que não podia, que eu teria que esperar um outro da mesma empresa, bla bla bla. Eu falei na educação, embora sem sorrisos, e recebi uma resposta áspera. Bem, meu metro e meio rapidinho se transformou em dois metros e meio. Saquei o celular e respondi a ele que existe uma lei que me garante esse direito de restituição do trecho não concluído, e que se isso me fosse negado, a polícia ia ser acionada. O que aconteceu? Os passageiros se insurgiram e o fiscal mandou voltar e trocar de veículo.
Melhor assim, né?
Na volta pra casa, resolvi vir de trem (o que ainda considero a treva, mas é rápido). O raio do troço era daqueles antigos, que só tem segurador no teto. O que uma anã de jardim faz numa situação dessas?? Se equilibra nas poucas barras de ferro verticais dispostas ao longo do vagão. Acontece que tinha um sujeito encostado na barra mais próxima - que era estratégicamente perto de uma janela. Se eu mudasse de lugar, não teria janela e o desmaio seria líquido e certo. O que a pessoa faz? Força a mão pra segurar na barra. O que o sujeito faz? Empurra o corpo com toda força na mão da pessoa. Educadamente - eu sempre sou educada primeiro (raramente sorridente, mas sempre educada) - peço pra ele ceder espaço, afinal aquilo não foi feito pra se encostar. Ele me olhou por sobre o ombro, viu que eu era metade dele e achou que podia se criar. Levantou a voz (provavelmente pra se mostrar machão pra fêmea que estava com ele) e disse que estava ali primeiro, que ninguém tinha reclamado e que ficaria ali. A sujeita aqui é pequena, mas o que falta de tamanho sobra em falta de noção, e respondi que ele podia ficar, "mas se machucar minha mão, a porrada ia estancar na porra do trem". Claro que ele achou que falaria mais alto e ficaria por isso mesmo. Ameaçou levantar a mão e eu disse que ligaria pra policia, mas não sem antes deixa-lo estéril. Foi quando ele gritou um "vá se foder". Nesse momento eu sorri. Sorri e mandei um "quer me ajudar com isso?"
As pessoas que ouviam riram, ele ficou sem graça e ficou resmungando.
Eu liguei o mp3, segurei na barra vertical e vim sacolejando no balanço do trem.
Por isso, um aviso:
Se vc pensar em me lesar de alguma forma, veja bem se vale a pena o risco. Porque, de uma maneira ou de outra, vou fazer valer meus direitos. Nem que seja no grito.
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quarta-feira, 12 de maio de 2010
Transporte público e barraco
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Ruiva
às
21:14
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6 pitacos:
Quando eu crescer, quero ser que nem vc. beijos!
Ruiva,
Consegui imaginar seu um metro e meio virando dois metros e meio rsrsr
Agora vamos combinar que o que mais tem nesse mundo cão é gente folgada?
Por isso gosto da minha casinha. Sem tumulto e sem gente folgada.
Beijossss
Essa é minha ruiva!!!
Dá-lhe amiga, n~çao deixe barato mesmo!
Vc é Fogo! Pra não falar outra coisa! rs.
Beijos..(Saudades viu!!)
Ruiva, tenho visitado frequentemente o teu blog.
gosto dos post que vc publica e vez em quando até me identifico com algumas coisas.
rsrs
sucesso com ele ta.
Oi Amiga Ruiva,
Você já sabe que sou sua amiga blogueira solidária, né? Eu não um metro e meio, por isso qdo cresço, apareço mesmo.
Amanhã já estou 'se' preparando psicologicamente pra rodar a baiana na Leroy Merlin, que fez uma baita confusão em uma compra que fiz e ainda por cima, quando fui verificar, a cobrança veio à vista ao invés de parcelada, como solicitado.
Ai, ai, ai, ainda bem que marido está viajando a trabalho, senão ia ouvir muuuuito dele, hahaha.
bêê tóó
hahahahahaha
Quando eu for pequena quero ser igual a você! rs!
bjo!
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