quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Contra a canonização indiscriminada

Não, não sou católica. E não estou aqui para falar de práticas da Igreja Católica.
Mas já reparou como somos levados a canonizar as pessoas a nossa volta? Basta morrer e a pessoa se torna um poço de virtudes. É sério. E, de boa, acho isso o fim da picada.

Porque, né, o cidadão pinta e borda a vida inteira: xinga todo mundo, fura fila, estaciona em vaga de deficiente, humilha os empregados, para em fila dupla na porta da escola do filho, dá calote.. ou seja, é um p#@% de marca maior. Mas bastou morrer e todos passam a ver virtudes na tal criatura.

E sempre me pergunto o que leva o povo a agir assim. Será que é remorso? Ou culpa por ainda estarem vivos, enquanto o infame está morto? Não sei mesmo dizer. Só sei que não concordo com isso e não me comporto assim.

Então, já aviso logo: se algo der errado, eu me recuso a canonizar quem não merece. Aviso logo que é pra não me acusarem de não ter coração. Tenho, mas como já cansei de dizer, ele só bate por gente, não por pseudo-gente.
Ficou claro?

1 pitacos:

Madame Mim disse...

Já pensei nisso tbém.

É só a pessoa morrer que vira bonzinho. Nunca a gente vai ver uma lápide escrito "Aqui jaz um FDP", mesmo que o fulano tenha sido um.

A mesma coisa acontece com as mães.
Tipo, a mulher é uma FDP, deita e rola, fode com o filho, e tem aquele papo : "Ah, mas ela é mãe" ou o "Mãe é mãe".
Bom, tem mães e mães, algumas que nem deviam ter filhos, tal a crueldade com que tratam a cria.

Como se parir - ou morrer - mudasse o caráter de alguém.

bjos

 

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